eu, ali, deitada no divã, meio desmontada em lágrimas, questionando a vida, os meus medos, as pessoas. tudo muito difícil, sempre, na vida em geral.
e freud me interrompeu. a voz meio ríspida, o tom de esporro. eu me calei. ela disse. esse troço de 'o pequeno príncipe', vou te contar. você não tem ideia do estrago que essa droga de pequeno príncipe fez.
e eu. comigo? com a vida em geral?
e ela. com a vida em geral. e com você. esse medo de magoar as pessoas, essa fragilidade ao ser magoada, esse peso, essa responsabilidade.
e eu pensei. toma essa, saint-exupèry.
freud continuou dizendo que essa porcaria de pequeno príncipe me estragou, que tudo o que eu faço é pensar no peso das coisas. na responsabilidade.
tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas é o caralho. a boca suja é minha, só minha. boca suja de carioca. desculpaê.
e eu contei pra ela do meu post do pequeno príncipe, um que me doeu a vida escrever, mas que eu gosto tanto TANTO. a insistência de manter a porcaria da rosa amada na redoma. protegida, a salvo.
ninguém está a salvo. nunca.
ainda outro dia, o menino jornalista de covinhas e olhos verdes me perguntou, em tom de brincadeira, se corria algum risco, ficando por perto.
e quem não corre? eu respondi.
risco corremos todos. riscos corremos os dois.
e freud me interrompeu. a voz meio ríspida, o tom de esporro. eu me calei. ela disse. esse troço de 'o pequeno príncipe', vou te contar. você não tem ideia do estrago que essa droga de pequeno príncipe fez.
e eu. comigo? com a vida em geral?
e ela. com a vida em geral. e com você. esse medo de magoar as pessoas, essa fragilidade ao ser magoada, esse peso, essa responsabilidade.
e eu pensei. toma essa, saint-exupèry.
freud continuou dizendo que essa porcaria de pequeno príncipe me estragou, que tudo o que eu faço é pensar no peso das coisas. na responsabilidade.
tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas é o caralho. a boca suja é minha, só minha. boca suja de carioca. desculpaê.
e eu contei pra ela do meu post do pequeno príncipe, um que me doeu a vida escrever, mas que eu gosto tanto TANTO. a insistência de manter a porcaria da rosa amada na redoma. protegida, a salvo.
ninguém está a salvo. nunca.
ainda outro dia, o menino jornalista de covinhas e olhos verdes me perguntou, em tom de brincadeira, se corria algum risco, ficando por perto.
e quem não corre? eu respondi.
risco corremos todos. riscos corremos os dois.