nenhum joão vem desacompanhado, me disse o menino, emendando com seu segundo nome o raciocínio. sei bem disso. sou filha e irmã de joões, cada qual com seu nome que segue. fiquei pensando em algum joão que eu tenha conhecido, que tenha sido assim, só joão. até o menino jornalista da firma colorida tinha nome duplo. mas só que o dele não era joão.
esse joão era meio bobo, mas não de um jeito ruim. eu fico pensando até que ponto eu estou estragada pra vida. porque eu passei o tempo todo enquanto estávamos juntos meio que pensando que ele era um idiota e que aquilo não iria pra frente, anyway. porque eu não servia, ele não servia, ninguém serve. a gente fica atribuindo valor às pessoas. assim como nenhum joão é só joão, tem que ser algo mais, tem que vir acompanhado de um segundo nome cheio de pompa e circunstância. e eu passei o tempo todo pensando que aquele joão ali, adormecido, aquele joão não teria o meu telefone. eu não atribuiria a ele nenhum valor, nenhuma expectativa, nenhuma frustração.
porque ele até pode ser joão alguma coisa, mas não pra mim. pra mim, aquele ali era joão ninguém.
esse joão era meio bobo, mas não de um jeito ruim. eu fico pensando até que ponto eu estou estragada pra vida. porque eu passei o tempo todo enquanto estávamos juntos meio que pensando que ele era um idiota e que aquilo não iria pra frente, anyway. porque eu não servia, ele não servia, ninguém serve. a gente fica atribuindo valor às pessoas. assim como nenhum joão é só joão, tem que ser algo mais, tem que vir acompanhado de um segundo nome cheio de pompa e circunstância. e eu passei o tempo todo pensando que aquele joão ali, adormecido, aquele joão não teria o meu telefone. eu não atribuiria a ele nenhum valor, nenhuma expectativa, nenhuma frustração.
porque ele até pode ser joão alguma coisa, mas não pra mim. pra mim, aquele ali era joão ninguém.
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