Acordo e vou lembrando de partes, às vezes durante todo o dia. São sonhos longos, cheios de detalhes, não fazem absolutamente nenhum sentido. Alguns são relacionados a uma resposta pra uma coisa super legal, que deve vir nessa semana. Não quero falar ainda. As coisas ficam grandes quando falamos delas. Quando eu estava fazendo terapia, ou como a psicóloga preferia dizer, quando eu estava em terapia, a gente sempre interpretava os meus sonhos. A gente nada. Ela. A temática sempre era a mesma. É como se o meu cérebro fosse juntando peças em um quebra cabeças, tentando elaborar as coisas que aconteciam enquanto eu estava acordada. Teoricamente, é assim que acontece. A tal reorganização de arquivos, tentando extrair significado.
Em 2003, eu fui estagiária numa agência de publicidade, uma das maiores do Rio de Janeiro. Foi o meu primeiro trabalho de verdade, em que eu me via inserida em uma organização em pleno funcionamento, e devia funcionar junto. Eu achava aquilo tudo tão adulto, e via tanto glamour no trabalho. Eu era quem tinha o trabalho mais legal na minha turma da faculdade, e os professores, durante a aula, sempre queriam que eu falasse como as coisas aconteciam numa agência de verdade. Eu senti a responsabilidade, e me lembro que na minha primeira semana de trabalho, sonhei que estava na agência, junto com dois ou três outros estagiários, e era meio como se fosse um big brother, ou uma daquelas pegadinhas do Faustão. Alguém tinha que sair, o nome ia ser anunciado. E era o meu. E eu me lembro e x a t a m e n t e da sensação de sorrir, muito puta da vida, e dizer que estava tudo bem, que fazia parte do jogo. E abraçar as pessoas, e pensar que tudo ia ficar bem. Mas não ia, sabe? Eu nunca fui uma boa perdedora, anyway.
Em 2003, eu fui estagiária numa agência de publicidade, uma das maiores do Rio de Janeiro. Foi o meu primeiro trabalho de verdade, em que eu me via inserida em uma organização em pleno funcionamento, e devia funcionar junto. Eu achava aquilo tudo tão adulto, e via tanto glamour no trabalho. Eu era quem tinha o trabalho mais legal na minha turma da faculdade, e os professores, durante a aula, sempre queriam que eu falasse como as coisas aconteciam numa agência de verdade. Eu senti a responsabilidade, e me lembro que na minha primeira semana de trabalho, sonhei que estava na agência, junto com dois ou três outros estagiários, e era meio como se fosse um big brother, ou uma daquelas pegadinhas do Faustão. Alguém tinha que sair, o nome ia ser anunciado. E era o meu. E eu me lembro e x a t a m e n t e da sensação de sorrir, muito puta da vida, e dizer que estava tudo bem, que fazia parte do jogo. E abraçar as pessoas, e pensar que tudo ia ficar bem. Mas não ia, sabe? Eu nunca fui uma boa perdedora, anyway.
(Eu nunca perdi aquele emprego. Acabou quando tinha que acabar, por motivos absolutamente fora do controle de qualquer pessoa. Os sonhos eram apenas uma manifestação boba dos medos, mesmo.)
Daí, na espera por essa resposta, eu fico sonhando coisas parecidas. Que não vou conseguir, que alguma coisa acontece, que eu consigo, mas que preciso esperar uns meses, e nesses meses tudo pode desandar, então nunca se sabe. Ou então, que eu consigo, mas que aí eu cometo algum erro, e dá tudo errado, do mesmo jeito, anyway. Eu buscono tempo da terapia a explicação, e até entendo que o meu cérebro está colocando todos os meus medos na mesa, e elaborando nos sonhos, fazendo tudo parecer que vai dar errado. E que não necessariamente isso faz sentido.
Eu nunca quis que um Carnaval passasse tão rápido.
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