sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Vou ali me mudar e já volto.

Eu até contaria as últimas da roomie freak, mas sinceramente, se eu não respondi nem o e-mail dela, que começava com um "garota, mas tu é chata mermo, hein?", não cabe mais dizer nada aqui.

Quando a pessoa acha que é o centro do universo, veja só, ela é, efetivamente, o centro do universo. Dela. Então, nada que eu venha a dizer, nada que eu venha a repetir, vai fazer com que aquela cabecinha entenda o óbvio. Não vou nem tentar.

Minha mãe tá chegando, pra me dar ordens, impor regras e métodos de arrumação, já que não tem nada empacotado e a mudança é amanhã, às 8h em ponto. Não teve empacotamento porque teve trabalho, muito. Teve corridas a cartórios, a supermercados, compras básicas, tipo vassoura, pá, rodo. Essas coisas que a gente nunca lembra que tem que comprar até que se depara com uma casa branquinha, branquinha, pronta a ser preenchida com as suas tralhas.

Colo de mãe vem depois. Antes vem mudança, instalação do chuveiro - meu almoço de hoje, beijos - instalação de internet, rezemos pra que nova roomie tenha logrado sucesso em sua empreitada. Se eu ficar offline, eu morro. Morro sofrida, doída.

O quarto novo é maior, e estou cheia de ideias. O prédio é VERDE, prestenção, não sei de onde tirei o azul. Mas tem flores lilases na portaria, e eu juro que uma hora dessas fotografo.

No mais, a vida se acerta. julinha vem no fim de semana, e eu quero tentar de todo jeito encontrar para conversas sem fim. Pra recarregar. Tenho listas de twitter, tenho google wave, tenho novo orkut. Tenho dois quilos pra recuperar, internet 4 mega pra instalar, junto com canais felizes de filmes e seriados.

beijosmeliguem. =)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

esse lance de brigar com roomate tira as forças. logo agora, reta final, vos digo que estou extenuada.

todas as pessoas acham que o lance do namorado sonâmbulo foi armação. porque a semana toda foi de ataque. primeiro o chuveiro queimado, depois me trancar pra fora de casa, depois lotar a geladeira com latas de cerveja de um jeito que não cabe NADA meu lá. e ela ainda bebeu a minha coca cola inteira. sacrilégio. ninguém rela a mão na minha coca cola.

daí namorado no quarto. no MEU quarto. sonâmbulo, minha interpretação. sim, porque no meu mundo pollyanna, ninguém invade quartos com a intenção de acuar. mas aí todo mundo falou. foi de propósito. e eu lá. não, gente, não foi. e todo mundo me achando ingenua e me mandando acordar. helloo.

minha mãe levou o assunto pra terapia dela. Tadinha, tá surtada pra me tirar daqui. Sexta feira desembarca de mala e cuia, pra me ajudar a carregar minhas coisas. ela ta preocupada, liga 15 vezes por dia, quer saber se eu almocei. ter emagrecido tanto nesse processo também não me ajuda. fica fazendo eu parecer fragilizada, coisa que não estou. estou cansada, esgotada, e tentando me poupar de discussões desnecessárias. mas sou de briga, sempre fui. sou frágil não. A analista da minha mãe acha que foi uma trama maligna pra me expulsar do apartamento.

daí, danei a twittar sobre sonambulismo. sim, porque a fulana freak me deu unfollow, mas o namorado dela eu sei que me segue. e eu twittei essas coisas aqui:

#Note to self: jamais pergunte a um sonâmbulo, durante uma crise, se ele é sonâmbulo. Ele não vai responder.

# sonâmbulos têm a memória espacial. se eles estão acostumados com a porta num lugar, é nela que eles vão. mesmo que ali só exista uma parede.

# Episódios de sonambulismo variam desde caminhadas silenciosas pelo quarto até tentativas desesperadas de fuga ou escape. =)

# Geralmente, sonâmbulos voltam às suas camas, ou adormecem em outro lugar (!), sem lembranças, pela manhã, de como eles foram parar lá.

# Fato comprovado. Tentar acordar um sonâmbulo não faz com que ele morra, assim, na sua frente. Ele continua vivo. Soooo close. =P

# Adultos sonâmbulos somam 7% da população do planeta, aproximadamente.

Achei esse link, né? Bem genial, com coisas sobre sonambulismo. Pra ele acordar, caso realmente estivesse dormindo. Pra ele ficar assustado, caso estivesse acordado. Mas aí ela não me segue. E não ia ver nada.

Então, eu mandei O email. Que avisava da minha saída. e tivemos uma semi discussão porque ela respondeu com um "Perfeito, gata", quando eu disse que sairia no final de semana.

Mermão. Fico nervosa. Respondi que o nome era Madame Ç (oquei, vcs entenderam). E que ela me chamasse pelo meu nome. Daí entramos numa discussão sobre o chuveiro e o resultado é que sábado eu carrego ele comigo. Mesquinharia? Toca aqui. o/

Daí, eu dei uma olhadinha no twitter dela. Eu também dei unfollow, mas ele tá lá, público. E eu vi ela twittando, muito provavelmente fazendo referência à minha saída:

@roomiefreak iupii! :)

daí, fiz o que?

Retwittei.

RT @roomiefreak iupii :)

Julinha retwittou, e acho que a freak recuou.

(pausa para trancar a porta do quarto. JURO)

Então, amanhã eu conto os acontecimentos pra Dra Freud. Quero só ver o que ela me diz.

Arrependimento

Se arrependimento matasse.

Eu queria muito, mas MUITO MESMO, ter tipo a presença de espírito necessária pra deixar a criatura lá na minha cama, dormindo em posição fetal.

Eu me levantaria, cruzaria o corredor, entraria que nem um trator no quarto dela. E diria.

Dois pontos. Parágrafo. Travessão.

Roomie Freak, faz favor de tirar o seu namorado da minha cama? Agradecida.

Não me conformo, não me perdoo. Perdi A chance de desconcertar ela pra sempre.

sábado, 24 de outubro de 2009

A semana com roomie freak

Então. Pára tudo número 2.

Preciso contar as coisas todas que se assucederam essa semana. Que foi demais pra minha cabeça, mesmo.

Primeiro, meu aniversário.

Acordei feliz, satisfeita, bem humorada. Pensei no banho quente que tomaria antes de ir pro trabalho. Liguei o chuveiro, mas ele não ligou. A água veio fria, gelada. Olhei pro chão molhado e vi que a Roomie Freak já havia passado por ali, então ela 1) sabia do chuveiro queimado, 2) não deixou nem um bilhete - especialidade dela, beijos - pra avisar o acontecido.

Vejam bem que eu não tô pedindo bilhete de aniversário. É bilhete de civilidade, alô, gata (ew), o chuveiro queimou, beijos. Ela sempre foi especialista em bilhetes. Not today.

Tomei o banho mais sofrido da minha vida, tive que lavar o cabelo. Enquanto a água escorria gelada pelas costas, eu dava pulinhos, batia os dentes e falava comigo mesma em incentivo.

E eu tava gripada, né? Pois é.

Sabe quando cachorro toma banho, que horas depois você encosta nele e ele ainda está vibrando, tremendo com o choque da água fria? Essa era EU, durante todos os abraços de cumprimentos pela data.

Daí, meu aniversário, no mexicano com amigos, foi incrível. Foi todo mundo, faltou lugar, sobrou gente em volta, todo mundo se deu bem, universos colidiram lindamente. Eu fiquei alterada com dois goles de bloody mary, juro. Não encontrei explicação lógica pra isso, ainda. Mentira. Desde que a Roomie Freak levou embora meu apetite, lá se vão quase 5kg. Minha taxa de alcool por quilo aumentou, fico bêbada rapidinho.

Na quarta-feira, dia seguinte, lá estou eu, cedinho, com o maluco que conserta chuveiros. Ela saiu de mansinho, sorrateiramente. Pra me deixar suzinha lidando com o conserto de uma coisa numa casa que não será minha em uns, deixa ver, 10 dias? Pra completar a brincadeira, tarde da noite, depois do trabalho, tento entrar em casa e cadê? A minha chave não entra na porta. Porque a freak largou a chave dela lá. E ainda usou aquela tranca de correntinha, pra eu não entrar MESMO. Fiquei uns 5 minutos batendo, e nada. Fiquei puta. Daí, quando ela finalmente abriu ("Gata, esqueci a chave, desculpa, beijos"), foi a minha vez de rosnar. Passei por cima dela que nem um trator, disse um boa-noite educado pro namorado dela e me tranquei no quarto.

O ponto forte da semana foi agora, agorinha, de madrugada. Estou eu, dormindo o sono dos justos, na minha cama, no meu quarto. Sinto uma pessoa em cima de mim, tipo escalando a cama, me escalando. Sonolenta.

Na minha cama, no meu quarto, que tava com a porta fechada.

ERA O NAMORADO DELA.

o.O


Juro que aconteceu. Tomei o maior susto do mundo, e eu não sei se aquilo era sonambulismo, se ele errou de quarto (o que acho estranho, já que são em lados opostos). Eu tive que levantar e expulsar ele do meu quarto, e dirigir o rapaz até o quarto correto, que era o da freak, ali, do outro lado do corredor.

Pensei em twittar, mas to com pena do menino. Dela não. Estou aguardando ansiosamente pela hora em que esbarrarei nos dois, pela casa, pra zoar ele na frente dela. Pra ela ficar desconfortável.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Gente, sério. Pára tudo.


Meu aniversário amanhã. 30 anos. Como se não bastasse a tensão que é sair dos 20, eu ainda tenho que administrar comemorações. Eu sempre fugi de comemoração. Não porque eu não goste - quem não gosta? - mas porque eu tenho HORROR a ter de organizar qualquer coisa. Correr atrás de restaurante, reserva, escolher os queridos que vão, administrar os queridos de grupos diferentes. Fazer aniversário dá trabalho.

Eu sempre comemorei em várias partes, cada dia com um grupo específico. Pra não misturar, pra eu ser paparicada mais vezes, pra não ter que administrar gente que não se conhece na mesma mesa.

Dessa vez inventei de fazer diferente. Resolvi fazer duas coisas, e chega. Um almoço com meninas coloridas do trabalho, que é default. Um jantar com queridos variados, e ainda assim escolhidos a dedo. Grupos diferentes, sente o drama? Fulano e Cicrano podem se amar, mas podem se odiar. Comofas?

Liguei pro Si Señor, mexicano perto de casa, que eu sempre vou, pra tentar reservar uma mesa. E o horror se deu. Maluco queria me cobrar consumação mínima por pessoa, pra reservar a mesa pra mim. E eu. Mas moço? Eu escolho a casa pra comemorar meu aniversário e sou penalizada, junto com meus convidados? E ele. Vocês estariam pagando pelo espaço, pelo bom atendimento. E eu. Mas moço. Peralá. Espaço é a sua parte do acordo, bom atendimento é default, não é? Não é pra isso que existem os 10%? Maluco levantou a voz, eu levantei a voz. Achei absurdo o pouco caso com alguém que vai lá pelo menos duas vezes por mês. Fiquei puta mesmo. Não volto mais.

Me aborreci, twittei. Falando mal do restaurante, e esperando ser retwittada, pra criar uma corrente e ferrar com eles pra sempre. Que é isso que eu quero. Que eles se danem. To tão chocada. Como é que a casa pode impor uma consumação de 51 reais - e atenção ao UM, absurdo, absurdo - por cabeça, pra que as pessoas prestigiem a própria. Já não é um galerê suficiente? Meodeos. Revolta.

Como eu ia dizendo, twittei. E aí que se deu o mole primeiro da pessoa. Neguinho me chama no msn, empolgado pra ir comemorar o aniversario. Vejam bem A DIFICULDADE que é selecionar 15 pessoas? 15 não é muito? 15 não é demais? E aí acontece isso. Eu não tenho mais 15 pessoas na lista. Tenho 20. E falta cabeça. E são 20 cabeças pra EU administrar. Eu, que já estarei tendo hard time o suficiente pra administrar o fato de fazer 30 anos.

No mais, eu fico cho-ca-da. Porque essa popularidade é recente, é coisa de São Paulo. Como eu fui inventar de fazer tanto amigo? Isso é problema.

domingo, 18 de outubro de 2009

Os meus

Eu tava era morrendo de medo de algumas pessoas especificamente não ouvirem meu lado da história. Eu não ligo que a maioria ache que eu to errada - mesmo que isso pareça absurdo. Eu não ligo para o amigo que se afastou e que sempre que fala comigo, ultimamente, esteja me sondando, pra ver se tira alguma informação importante. Eu não ligo. Não ligo pra amiga querida com quem eu tinha brigado e com quem fiz as pazes, ao saber que a briga, que eu achava que era por um motivo, era na verdade por outro, a roomie freak envenenando contra mim. Isso durou meses, soube agorinha. Tira o chão de leve, mas pensando bem, o chão nunca esteve lá. E esse troço de fazer amigos e confiar nas pessoas acaba sendo ruim demais, porque vc sempre pode tomar uma rasteira. Sempre. E eu fico tomando, mas a situação já rola num desequilíbriio tamanho que isso nem significa quase nada. A gente aprende a se equilibrar num restinho de chão, pequenino que seja.

Que algumas pessoas se mantenham neutras, pra pedir um mínimo, eu faço questão. Porque senão eu sinto de verdade o chão sumir, e eu já sou bastante desconfiada, em linhas gerais. Quando alguém passa naquele filtro primeiro e ganha meu coração, eu gosto de saber que um tiquinho do coração é meu também, e que a pessoa, ao escutar qualquer absurdo, vai primeiro querer conversar comigo, e ouvir o meu lado da história. E eu tava tremendo de medo de a fulana ter me levado um amigo. Talvez um dos mais queridos, um que segurou as pontas quando eu passei pelo inferno que foi a despedida da firma colorida, que me botava no sofá dele e eu me sentia em casa. Eu tava com medo, porque eles estavam trabalhando juntos, e naturalmente isso viraria uma proximidade maior. E o meu coração estava doído de verdade, e chamem isso de ciúme. Eu tenho ciúme de algumas pessoas, de alguns queridos específicos. E eu chamo isso de zelo. Não acontece sempre, não acontece com muita gente. Mas quando acontece, é meu, e machuca achar que pode sumir.

E hoje eu ouvi esse amigo dizer que eu podia contar com ele, no meio dessa confusão. E que não importava que ele a tivesse conhecido antes, eu era mais próxima. E era isso o que eu pensava, aqui quietinha, também, mas sem coragem de querer isso em voz alta, esse apoio. Porque eu acho que amizade não cabe cobrança. Por mais que a gente acabe cobrando, num mundo ideal ela não comporta isso. E eu gosto de viver num mundo ideal.

Acho que esse era o apoio que eu mais buscava, nesse tempo todo. O medo maior era ela me levar isso, e isso ela não levou. Então, o resto, eu não ligo. Ela que pegue e faça bom proveito. O que eu queria e precisava vai comigo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

payback

Nessas horas eu penso é no Veneceous. Porque eu estava aqui com um plano maligno, de vingança sangrenta. E ia ser lindo demais. Mas eu não sei se seria adequado, porque por mais incrível e extraordinário que fosse lançar mão dessa carta, agora, isso poderia colocar meus planos a perder. Meus planos de continuar fofa e impecável. Porque essa tem sido a minha carta, desde que a confusão começou. Ser o mais gentil, mais educada possível. Como eu sempre fui. Pra não terem o que falar de mim, depois. Uma lady.

Daí tem o diabinho no ombro. Que tá é puto com a minha passividade. Comoassiãm não reagir? E ele gargalha e me manda dar o troco. E me surge a ideia. A IDEIA.

Tudo começou com o bilhete na porta, que dizia: "Gata, duas amigas chegam hoje e ficam até segunda feira. Esqueci de avisar. Beijos".

E agora eu penso num outro bilhete, o meu. Espero ela ir viajar no feriado, como é de costume. Pego tudo que é meu, e isso inclui todos os pratos da casa. =D Bilhete na porta. "Gata, esqueci de avisar. I don't live here anymore. Beijosmeliga"

Seria muito lindo mesmo. Todo mundo que eu contei minha ideia aprovou, gargalhou, disse que eu tinha mais era que assustar mesmo. Minha mãe discordou, disse que é errado, e que isso é o que eu tenho de "arma", ter sido impecável o tempo todo. Mas bem. Ser impecável não me deixa com gostinho de "careful what you wish for, bitch" na boca.

Daí vida que segue. Não decidi o que fazer, ainda.

E aí chega a familia dela. E ela mandou aquele "comunicado oficial" na segunda-feira. E eu cheguei em casa e conheci o irmão dela. O IRMÃO. Que eu não conhecia. E que é gato.

E a minha cabeça meio que dá um looping meio Ally McBeal e eu me imagino na sala making out com ele. E o bilhete. "Gata, seu irmão é gato, esqueci de avisar. Beijos."

Pronto. Parei.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

proving my point

então, estava eu no msn. amigo querido me chama. amigo querido que vinha trabalhando na mesma firma da roomie freak, e que me deixava de coração apertado de medo de ela convencer ele de que eu era uma pessoa ruim. amigo querido de férias, voltando agorinha, ao país e ao trabalho. e me pergunta no msn.

madame Ç, vc sabe o que aconteceu com a roomie freak? obviamente que ele não a chama de roomie freak, o /freak é adjetivo meu, e que só eu posso usar, porque comigo que ela é freak. não chega a ser exatamente simpática com as pessoas, na vida em geral, mas também, freak, freak, ela não é. e ele queria saber o que tinha acontecido com ela.

q/

ela saiu ou foi saída da firma/agencia colorida? ele pergunta.

e eu.

q/

aparentemente, algo houve. quando ele estava lá, antes das férias, ela estava lá. e ele voltou agora, e ela não estava lá. obviamente eu não sou a pessoa adequada pra responder essa natureza de questionamento, visto que: 1) não sei nada da vida dela; 2) não me importo;

mas fica a curiosidade, né? e começo a buscar pistas, que sou pessoa curiosa.

se ele chegou lá ontem e não sabe o que houve com ela, sinal que não se fala no assunto. CLIMÃO. se a pessoa decide sair e sai numa boa, galerë fala sem rodeios. fulano saiu, tá ali, na outra firma.

há um tempo, eu escutei ela no telefone com a mãe, elogiando o lugar, dizendo que era um lugar pra ficar um tempo, fazer carreira (ainda que EU ache que fazer carreira, hoje em dia, é expressão vintage). foi ela que disse. que tava gostando, e coisa e tal. e ela sempre twitava coisas de trabalho, tipo fazendo propaganda. tomei até raiva do produto que ela atendia. porque eu acho meio caído ficar puxando saco do trabalho, minha opinião, desculpaê. e porque eu prefiro coca-cola. ;-) então, se ela gostava, e twitava propagandinhas elogiando o trabalho, imagino que ela não estivesse a fim de sair. talvez.

desde que eu me mudei pra essa cidade fofa que é sumpolo, convivendo com a criaturinha aqui em casa, eu vi ela passar por 4 trabalhos. média de 3, 4 meses pra cada um. esse último - que ela gostava - eu não sei o que houve, mas nos três últimos ela saiu porque rolou alguma confusão com co-workers. ou ela foi saída por problemas de relacionamento, ou resolveu sair porque galerë tomou implicancia e o ambiente ficou insustentável. eu vi isso acontecer. temos um padrão.

pois bem. não é da minha conta analisar a personalidade da figura. não era. ela que começou analisando a minha. então eu acho que foi treta da braba, como se diz por aí. chuto que foi. e seja lá o que tenha acontecido, foi logo depois do nosso embate, o que configura que o setembro dela foi mais bloody que o meu.

tenho pena não. sou pessoa fofa. e todo mundo me adora. não que eu esteja competindo, sabe como é. mas aparentemente, mais adorável que ela, eu sou. \o/

terça-feira, 13 de outubro de 2009

mais do mesmo, all over again

Daí, saindo do trabalho, andando no shopping acompanhada da vencedora do reality show "the search for the next roomate: human edition", eu dou de cara com quem?

Quem?

Roomie freak. Que fez questão de virar a cara. E fingir que não me conhecia. Ok. Se ela vira a cara em casa, na sala, não era no shopping que ela iria dizer boa noite, não é mesmo?

***
Outra coisa bizarra vem acontecendo. Deixa eu contar.

Todo dia, quando eu chego com o carro na garagem do prédio, eu sempre olho pra cima pra ver se a luz da sala está acesa. Desse jeito eu sei se ela está em casa ou não.

Daí eu estaciono e, na hora d trancar o carro, o alarme tem um apito específico, tipo de buzinha. Esse apito ela ouve, certeza. E sabe que eu estou chegando.

Então, eu sempre vejo a luz acesa quando estou entrando na garagem. É o tempo de estacionar o carro e olhar pra cima, e as luzes estão apagadas.

Tipo. Ela deve CORRER pra apagar as luzes e ir dormir antes que eu entre em casa.

Acontece direto.

Aconteceu agora.

Adestrando roomates com Madame Ç

No último episódio de The Big bang Theory - que eu adoro - Sheldon começa a adestrar Penny.

No episódio atual da minha casa, chega um e-mail:

De
: Roomie Freak

Para
:
Madame Ç
Assunto: comunicado oficial ;)
Data
:
13/10/2009 13:03

minha mae e meu irmão chegam em sp na quinta à noite e vão ficar lá em casa até segunda de manha.
bjos.

E eu respondo:

De: Madame Ç
Para:
Roomie Freak
Assunto:
Re: comunicado oficial ;)
Data:
13/10/2009 15:12

Serão muito bem-vindos, como sempre. :)

bjo.

Sheldon: me identifico. (L)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

chão

Perder o chão é coisa fácil. Ele tá ali, embaixo dos pés, e de repente ele some. Foi assim quando eu decidi que iria procurar apartamento. Foi assim bem antes, quando a minha casa deixou de ser um ambiente feliz. Foi assim quando, no início da semana passada, eu fui movida de lugar na oficina. Eu e mais duas gênias fomos levadas para uma outra sala, temporária e provisória, até que as gênias coordenadoras encontrem um ambiente grande, que caibam todas as gênias, juntas, trabalhando.

Desde que eu cheguei lá, a gênia chefa contratou mais e mais gênias. O lugar foi ficando apertado e barulhento. Eu, que já sou ótema pra me distrair (alô, foco, não trabalhamos), me distraí mais ainda. E um belo dia, me avisaram. Você e mais duas gênias ficam ali, depois do corredor, na outra sala. É temporário.

Surtei. Primeiro porque eu gosto da companhia das gênias. Segundo, porque a outra sala tem meninos, and not in a good way. Todos normais, desses de códigos, mas não do tipo gênios, com os quais eu teria os mais variados assuntos. São só meninos, normais, concentrados, sem graça. Eu fico sofrida sem as geniazinhas do meu lado, e eu quero voltar pro meu lugar antigo. E foi chão demais que me tiraram nos últimos dias, vamos combinar. Chão em casa, chão no trabalho. Independente de eu ter ganhado projetos e responsabilidades novas, as olheiras se aprofundaram e eu chorei duas horas no divã. Porque eu queria a minha cadeira, a minha mesa, o meu canto.

No meio da maluquice, é quase oficial. O primeiro chão volta pra debaixo dos pés. E ele atende por um predinho azul, com sacada, quartos legais, sala ampla. Sol da manhã. Mesma rua dos amigos. E do covinhas, mas isso é detalhe. Perto do apartamento atual (que logo será ex apartamento), perto da terapia. Quase oficial. O porteiro é legal, a nova roomie é legal, e eu vou fazer uma parede pink no meu quarto. Vou, sabe? Um pink meio cereja, tipo a parede da sala da casa de uma das geniazinhas da oficina. Avisei a ela. Quero o número do pantone, porque vou fazer igual. Ela sorriu e topou.

De resto, tem uma mini jardineira na varanda, e eu vou plantar gérberas. Ando fofa, quero flores. Quero paredes coloridas e sol da manhã.

Assim que for oficial mesmo, falo mais. Por ora, é só.

domingo, 4 de outubro de 2009

chaotic

A semana foi louca. Intercalei trabalho com telefonemas desesperados para imobiliárias, proprietários de apartamentos na região e visitas. De vez em quando eu abaixava a cabeça e suspirava fundo. E levantava a cabeça, e olhava para o computador, e continuava. Senti falta do covinhas, de leve, mas só pra me abraçar apertado enquanto tudo desmoronava em volta. Comi menos do que deveria, e mais um quilo se foi. Entrou uma geniazinha nova na Oficina, e foi amizade à primeira vista. Todo o caos em volta, no trabalho, em casa. As gérberas morreram, não resistiram, mesmo comigo regando e as chamando de fofas, pedindo que sobrevivessem. É a vida. Tive crise de choro no trabalho, de leve, quando eu vi que o trabalho árduo dos últimos dias ainda precisava de ajustes. E eu estava esgotada. Todos estão, é até injusto eu ficar de mimimi. Passei a semana morrendo aos poucos, mas voltei a render no trabalho, coisa que na semana passada não aconteceu. Saudades de alguns amigos específicos. A semana também foi de reencontros. Jantar com amiga querida, assuntos antigos e novos, feels like home. Sou nova em São Paulo, ninguém me conhece. Ela sim. Tá comigo há 10 anos, desde a faculdade. Reconforta isso de não precisar se explicar, de saber que a pessoa te lê, te entende. Nos momentos de desespero, de não querer voltar pra casa (que casa?) e dar de cara com a roomie freak, apelei pra Ana Luiza. Casa dela, maquiagens, assuntos, como nos velhos tempos. É bom ter pra onde correr. As pessoas ficam me oferecendo abrigo. Fica aqui, eles dizem. Te hospedo, traz teu sofá roxo, fica em casa não. E eu me visto de amor profundo por cada um, e agradeço. Mas dessa casa que eu vivo hoje, eu saio para outra casa minha. Que tá por aí, basta só encontrar. Até lá eu tento não me esquecer de comer. O que nem sempre funciona.

E aí, no meio do caos, a semana termina com o evento de encontro de geniozinhos, para discussão de coisinhas de trabalho. Evento organizado pela Oficina, e já com grande expressão no mercado. E eu me vejo entre os loucos, almoços felizes com as meninas coloridas, e reencontro com os meus queridos da antiga forma colorida, gerente de covinhas included. E tudo parece que vai ficar bem. Porque o viado territorialista me abraça, e é sincero. Porque o gerente de covinhas me chama pelo meu apelido fofo, que ele me deu, e o coração aperta de saudades e alegria. E pouco importa se eu peguei uma gripe daquelas, isso não me impede de ir tomar chopp com eles e acreditar, só por um instante, que a vida se acerta. E eu acho que nunca, desde que eu cheguei em São Paulo, eu estive tão inteira, tão eu mesma. Fazendo as minhas piadas, sendo dramática, morrendo a cada vírgula, de alegria ou de tragédia. Essa sou eu. Nave mãe chamou e eu atendi. Estou onde devia. Mesmo. Entre os meus.